Agustina Bessa-Luís | autor do mês de outubro de 2021

(…) Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa-Luís nasceu a 15 de outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante, e morreu a 3 de junho de 2019 no Porto. 

(…) Começou a escrever muito cedo, (…) mas publicou a sua primeira obra de ficção, a novela "Mundo Fechado”, apenas em 1948. (…) A partir de 1950 fixou residência no Porto, onde publicou o seu primeiro romance, os "Super-Homens”. 

Embora sempre ligada à produção literária, exerceu o cargo de Diretora do jornal "O Primeiro de janeiro” e depois de Diretora do Teatro Nacional D. Maria II. (…) 

(…) o romance "A Sibila” (1954), obteve um êxito considerável, tendo sido objeto de sucessivas edições e vários prémios, como o Prémio Delfim Guimarães (1953) e o Prémio Eça de Queirós (1954), que a consagra como nome cimeiro da novelística contemporânea. 

Tendo merecido desde as suas primícias o reconhecimento de autores e críticos como José Régio, Óscar Lopes, Eugénio de Andrade, Vitorino Nemésio ou Jorge de Sena, a sua obra viria a ser distinguida com os mais importantes prémios literários nacionais: Prémio Nacional de Novelística, em 1967; Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, em 1966 e em 1977, Prémio PEN Clube e D. Dinis, em 1980, Grande Prémio do Romance e da Novela da Associação Portuguesa de Escritores, em 1984 e Prémio Cidade do Porto. (…) 

(…) a bibliografia ficcional de Agustina integra ainda uma série de ensaios romanescos de inspiração histórico-biográfica, como "Santo António”, "Florbela Espanca”, "Fanny Owen” (…), "Sebastião José”, "Longos Dias Têm Cem Anos - Presença de Vieira da Silva”, "Adivinhas de Pedro e Inês”, "Um Bicho da Terra”, "A Monja de Lisboa”, "Martha Telles” ou "As Meninas”, tendo este último sido escrito juntamente com Paula Rego. 

Publicou ainda, entre muitos outros títulos, "O Manto” (1966), "Canção diante de Uma Porta Fechada” (1966), "As Fúrias” (1977), "O Mosteiro” (1981), que ganhou o prémio D. Dinis da Casa de Mateus, e "Os Meninos de Ouro” (1983), que recebeu o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores. O conjunto da sua obra mereceu o Prémio Nacional de Novelística, em 1967, e o Prémio União Latina, em 1997. Vários dos seus romances (entre eles "Fanny Owen”, de 1979) foram adaptados ao cinema por Manoel de Oliveira. 

Em maio de 2002, recebeu pela segunda vez o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores relativo ao ano de 2001, atribuído à obra "Joia de Família” (2001). Esta sua obra também foi adaptada ao cinema por Manoel de Oliveira, dando origem ao filme "O Princípio da Incerteza”. Na sequência da trilogia literária iniciada com esta obra, a autora, em 2002, editou um novo romance, desta vez com o título "A Alma dos Ricos”. 

Agustina Bessa-Luís foi distinguida com o prémio Vergílio Ferreira 2004 (…) e o Prémio Camões 2004. Nesse mesmo ano, 2004, editou mais uma obra, com o título "Antes do Degelo”. A 22 de março de 2005 foi distinguida, juntamente com o poeta Eugénio de Andrade, com o doutoramento "Honoris Causa", atribuído pela Universidade do Porto durante a cerimónia do 94.º aniversário da sua fundação. 

Porto Editora – Agustina Bessa-Luís na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2021-10-12 13:03:23]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$agustina-bessa-luis

Consulte a bibliografia da autora, existente no CATÁLOGO online da Biblioteca Municipal José Marmelo e Silva e requisite para empréstimo domiciliário.